sábado, outubro 27, 2007

Wagner


Richard Wagner
Leipzig: 22 de Maio de 1813
Veneza: 13 de Fevereiro de 1883

O Anel do Niebelungo

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Preâmbulo
O Ouro do Reno
A Valquíria
Siegfried
O Crepúsculo dos Deuses

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Preâmbulo ao Círculo do Anel

A Criação do Teatro de Bayreuth
"Deveria escolher uma das mais pequenas cidades da Alemanha, bem situada e capaz de alojar um número invulgarmente elevado de visitantes, uma cidade que não corresse o perigo de ficar esmagada pelo peso da concorrência de teatros de grandes cidades vizinhas. Nessa pequena cidade construiria um teatro, o mais simples possível, talvez até todo de madeira, cujo único critério de construção fosse o da conveniência artística do seu interior. Já tive algumas conversas com um arquitecto inteligente e conhecedor do ofício, com o qual imaginei um auditório em forma de anfiteatro onde a orquestra ficasse escondida do olhar do público. Nesse teatro, cantores de teatros de ópera alemães, escolhidos pelo seu talento de actores, seriam convidados, provavelmente na Primavera, para estudar os diversos papéis das minhas obras sem serem interrompidos por qualquer outra actividade."
Com este texto, Wagner precedia o Poema do "Anel do Niebelungo".
O teatro referido viria a tornar-se realidade na pequena cidade de Bayreuth, e a sua inauguração aconteceria em Agosto de 1876, precisamente com o ciclo do "Anel". Seguiu-se uma interrupção de 6 anos, reabrindo o teatro apenas em 1882 com "Parsifal", o último espectáculo dirigido por Richard Wagner.




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O Ciclo do Anel
"Terminado em Wahnfried no dia 21 de Novembro de 1874.
E não digo mais nada."
Foi com estas duas frases, seguidas da sua assinatura, que Richard Wagner deu por concluído o trabalho na Tetralogia, iniciado havia mais de 26 anos. Tudo começara em 1848 com a primeira revolta liberal na Alemanha. Wagner era então Mestre da Capela da Corte de Saxe - facto que não o impediu de aderir com entusiasmo às novas Ideias. Escreveu manifestos, programas políticos, distribuiu propaganda. Foi no meio desta actividade intensíssima que pensou escrever uma obra teatral inspirada em Barba Roxa. Seguiu-se um outro herói: Jesus de Nazareth. Até que, finalmente, acabou por se fixar na lenda dos Nibelungos. Começou por escrever uma versão em prosa, depois em verso, duma ópera heróica à qual chamou "A Morte de Siegfried" . Isto passava-se em 1848. Em 1849 Wagner inscreve-se no partido dos insurrectos que irão acabar por ser neutralizados. A derrota obriga-o a fugir, procurando asilo na Suíça, mais precisamente em Zurique. E é em Zurique, em 1851, 3 anos depois de ter escrito o primeiro texto inspirado na lenda dos Nibelungos, que Wagner decide acrescentar um preâmbulo à "Morte de Siegfried" – preâmbulo a que dá o nome de "O Jovem Siegfried". "A Morte de Siegfried" e "O Jovem Siegfried" iriam transformar-se, mais tarde, em "O Crepúsculo dos Deuses" e "Siegfried" – as duas últimas óperas do ciclo do "Anel".
A verdade é que o texto da Tetralogia foi escrito a partir do fim – já que, um ano depois de "Siegfried", Wagner escreve "A Valquíria" e, finalmente, "O Ouro do Reno".
O texto estava terminado.
Em 1853 Wagner inicia a escrita da música, agora pela ordem cronológica.
A música do "Ouro do Reno" foi terminada em Setembro de 1854, altura em que Wagner iniciara já a escrita da música da "Valquíria", trabalho a que dedica cerca de 2 anos. Segue-se "Siegfried" – que interrompe no 2º acto.
O reinicio do trabalho acontecerá apenas passados 12 anos, numa altura em que o compositor encontrara uma certa estabilidade emocional e económica originada pela proximidade de Cosima e do jovem Rei Luís II da Baviera. Entre 1871 e 1874 Wagner termina a música do ciclo do "Anel".
E é precisamente com ciclo do "Anel" que inaugura o Teatro de Ópera de Bayreuth, construído especialmente para o efeito.
Essa estreia histórica teve lugar em Agosto de 1876 durante quatro noites seguidas.
No Prólogo desta obra monumental, "Ouro do Reno", Wagner apresenta o tema que irá despoletar toda a acção: a escolha entre o Poder (simbolizado pelo Ouro) e o Amor.
Poder - Amor. Imortalidade - Morte.
Na mitologia wagneriana os Deuses não são senhores absolutos e invulneráveis - eles sofrem e amam, e são confrontados com a Escolha, tal como as outras Criaturas.
O Deus Wotan teve 9 filhas da Deusa Erda, as Valquírias.
Mas teve também dois filhos duma Mortal, os gémeos Siegmund e Sieglinde, que, depois da morte da mãe, se perderam um do outro pelos caminhos da Terra.
É com o encontro entre estes dois irmãos que se inicia a acção da "Valquíria".
Escolha entre o Poder e o Amor, entre a Condição Divina e a Morte – um conflito que acompanha toda a acção, iniciada no Prólogo, que apresenta precisamente o tema do Poder ligado à posse do Ouro e à renúncia do Amor.
O anão Alberich, do Povo dos Niebelungos que habita as entranhas da Terra, soube, por inconfidência das Ninfas, filhas do Reno, que quem conseguisse roubar o Ouro do Rio, e com ele forjasse um Anel, alcançaria o Poder Absoluto. Para que tal acontecesse existia uma condição: a renúncia ao Amor. Esta condição não parece afligir Alberich que rouba o Ouro e forja o Anel, passando a ser Senhor Absoluto do seu povo, e planeando tornar-se Senhor Absoluto de todos os outros povos e criaturas, mesmo dos Deuses. É com esse Poder que Alberich obriga o seu irmão Mime a forjar um Elmo Mágico que poderá torná-lo invisível ou dar-lhe as formas mais bizarras, como a de um Dragão ou de um Sapo.
A ambição levou o anão a alcançar o Poder. A ambição levá-lo-á a perdê-lo.
Wotan, Rei dos Deuses, também é ambicioso: ele quer para si o Ouro e o Anel do anão. E consegue-o, através da astúcia de Loge, Deus do Fogo, que, ao desafiar Alberich a exibir os poderes mágicos do Elmo, o captura quando ele se transforma num Sapo.
A ambição de Alberich.
A ambição de Wotan.
E a astúcia - que pode tornar-se uma armadilha para o astucioso.
Dois gigantes, Fasolt e Fafner, construíram Valhalla, a magnífica morada dos Deuses. Como paga, Wotan prometera uma das suas filhas, Freia. Depois, na altura de pagar... tenta enganar os gigantes prometendo entregar-lhes, em vez de Freia, o Ouro e o Anel que pretende roubar a Alberich - promessa que também não pretende cumprir. Só que, ao ser roubado, o anão lança uma maldição sobre o Anel: ele só trará Desgraça àquele que o possuir. Ao conhecer a maldição, Wotan assusta-se e entrega o Ouro e o Anel aos gigantes. E a maldição cumpre-se de imediato: Fafner mata Fasolt e parte com o Tesouro, deixando para trás a sua Espada, da qual Wotan se apodera. E é essa Espada que Wotan crava numa árvore, lançando sobre ela um Presságio: quem a conseguir arrancar do tronco onde está cravada, tornar-se-á invencível.
E Notung, a Espada Invencível, é arrancada do tronco por um filho de Wotan, Siegmund, ao fugir com a sua irmã gémea, Sieglinde, por quem está apaixonado. E a Espada Invencível irá quebrar-se num duelo por intervenção directa de Wotan, e Siegmund morre às mãos de Hunding, marido traído de Sieglinde.
A luta pelo Poder. A maldição dos Poderosos.
O Amor de Siegmund e Sieglinde. A maldição do Amor.
E a desobediência da Valquíria Brünhilde que tenta salvar Siegmund e que ajuda Sieglinde a fugir e a procurar protecção na Floresta onde nascerá o filho dos dois irmãos gémeos - um Herói de coração puro e sem medo: Siegfried.
A desobediência de Brünhilde. E a sua punição: Wotan condena-a à mortalidade adormecendo-a sobre um rochedo protegido pelo Fogo Mágico - sono de que só poderá acordar pela intervenção dum Herói de coração puro e sem medo. Esse Herói é Siegfried, filho de Siegmund e de Sieglinde, a figura central da Segunda Jornada do Ciclo do Anel.
Sieglinde, mãe de Siegfried, morreu com o nascimento do filho, e foi o anão Mime, do Povo dos Niebelungos, quem o criou - na esperança de que Siegfried conquistasse para ele, Mime, o Tesouro que está na posse do gigante Fafner: o Ouro, o Anel e o Elmo Mágico.


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RDP - Transmissões em "Noite de Ópera" desde 1996
Enredo resumido da autoria de Margarida Lisboa.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Acalento




ACALENTO


"Eu só queria um ombro para encostar e dizer a

falta que o Ser Humano me faz

,Eu só queria me acomodar em um colo, e sentir o calor do amor,assim como o corpo é aquecido quando exposto ao raio do sol.

Eu só queria não ser tão ausente no coração de tanta gente...Eu queria quase nada...

Tão pouco o que eu queria...

Queria compreensão, ternura e um pouco de razão,

Queria um sorriso gostoso despretensioso,

Um abraço doado, apertado, sensibilizado.

Um Te amo de coração...Queria ganhar um pouquinho de algum chão, sem poeiras da imaginação.

Queria continuar a acreditar que pessoas ainda são capazes de se doar.Eu só queria dentro do mundo com tanta gente ,

Ter o imenso prazer, de pelo menos à alguém dizer:

Por ti vale todo meu viver!Eu, Simplesmente queria...Eu só queria...


(Cora Maria)

O ECLIPSE



O ECLIPSE


Extravasam tuas palavras em enxurros

Dos olhos ao mar, as letras emaranhadas

Do líquido ao vapor, em números transformadas

Talvez complexos, ou incógnitos de tão lógico, certo,

Já que o barulho se espargindo em sussurros

É apenas o silêncio almejando ser liberto.

Digo pois: eu quem peço liberdade, caro amado,

Desde quando a lua anoiteceu a minha vida.

Não me deixes ir e rogar por nossa despedida

Em busca do sol escondido neste eclipse

Então venha, por favor. Senta-te ao meu lado.

Apaga esta distância constante : a elipse.

Disfarça a todos, não a mim, o teu tormento

Porque do aflito que aflige a minha graça

Distribuí o riso para aquele que passa

E ingeri o pranto para dentro de minha alma

Alvo das tuas frases mudas que alimento

E da recordação que me flecha, mas me acalma.

Ah! Deixa te conduzir o amor verdadeiro!

Amar não requer razões , nem teoremas,

Pois o sentimento espelhado em meus poemas

Reflete mesmo com a tua atenção teimosa em ausentar

Se insistes em ser como a lua, longe do terreiro,

Sê como aquela, profunda, que mergulha na água do mar.

Dama do Tempo


Existe um desejo de renovar
Expandir os horizontes sonhar com o por vir.
Percebo com os erros do passado o que deve continuar
Percebo no passado o que deve morrer, o que deve parar.
Nenhuma alegria do momento torna a dor suportável
Nenhum passado passa sem se levar algo, sem se aprender
Observo o passado, transpasso o tempo, o que foi e o que será..
Observo por teus olhos o que desejas, e o que tentas me esconder...
Não há mais tempo para erros, mesmo que controle os acontecimentos
Não se pode mais errar ou brincar com o que está fadado a ocorrer.
O destino se fez pronto diante de nossos olhos e o orgulho é o que separa
O dia logo se tornará trevas e quando a luz acabar verá o que te disse.
O tempo acaba, e tu resiste a única verdade que te ofertei...
A única luz que te deram livremente... por amor...

quarta-feira, outubro 17, 2007

Queen of the Damned - Before I'm Dead




Queen Of The Damned - Before I'm Dead - Kidney Thieves
moon hangs round
a blade over my head
reminds me
what to do before I'm dead
night consumes light
and all I dread
reminds me what to do before I'm dead

Sun reclines
tease my mind
reminds me what to leave behind
light eats night
and all I never said
reminds me what to do before I'm...

To see you
to touch you
to see you
to touch you

epochs fly, reminds me
what I hide, reminds me
the desert skies
cracks the spies
reminds me what I never tried
the ocean wide salted red
reminds me what to do before I'm...

to see you
to touch you
to feel you
to tell you

the sun reclines.....remind me
the desert skies....remind me
the ocean wide salted red
reminds me what to do before I'm...

to see you
to touch you
to feel you
to tell you

Queen of the Damned - Slept so long

quinta-feira, outubro 11, 2007

Paciência

Por algum motivo me pedem sempre paciência
Não que eu não saiba esperar , espero até de mais e acabo sendo esquecida
Deve ser parte da minha calma. Parte a qual te acalma.
Sabes melhor que muita gente como estou, como me sinto pois a ti eu não minto
Deve ser o único a quem digo que preciso de colo ou que estou afim de trepar
hauahau Deve ser por demais difícil ser meu amigo se te conto tudo de mim
Mas é o meu jeito de ser e não gosto de mentiras. Nem amenidades...

Mas como o dia pede, falaremos do tempo....
Hoje o dia começou com Sol, a tarde chuvas com trovoadas e a noite será que me reserva um arco-iris? ahuaahauh

Esqueça



Esqueça de mim, esqueça do calor de meus beijos
De como o meu cabelo macio acaricia teu rosto, teu peito...
De cada curva que te faz suspirar, esqueça...





Não lembre do carinho em cada gesto,
Nem de como te toco... como gosto de te tocar...
Esqueça minhas mordidas, meu gosto, meu gozo.
Esqueça que por muito tempo espero por ti.





Deixe o tempo passar e esqueça o tom da minha voz
Dissolva te tua memória meus poemas e sonhos sem fim
Esqueça do que sente por mim e especialmente o que sinto por ti....
Esqueça de se lembrar de mim, esqueça que um dia me teve, que me desejou
Esqueça de tudo, menos que um dia amou a mim.





quarta-feira, outubro 10, 2007

Essa Anjinha tem asas



As vezes me pego imaginando um futuro ainda envolto em brumas
Sonhos que se fazem cada vez mais reais, únicos, tangíveis.

No escuro da noite por onde vagam os sonhos procuro a tua voz

Os teus olhos, algo que me levem a ti,
Algo que me ponha a trilhar por seu caminho.
Que crie um momento no tempo e espaço para haver a chance


Aguardo o momento em que vou encontrar finalmente
Na alegria do teu olhar a minha felicidade.
Na curva do teu sorriso o meu caminho;
No teu coração o meu lar.

terça-feira, outubro 02, 2007

segunda-feira, outubro 01, 2007

Mundo das Idéias

Não sei se haveria espaço para recomeçar, mas creio nas possibilidades.
Outro dia estava chovendo e eu a pensar... pensava se seria certo lutar, persistir.
Existem momentos em que não sei mais o que é certo, quando fico triste sem saber em que batalha me encontro, onde e por que lutar.
Tento ser mais objetiva e encontro barreiras em minhas decisões por acharem que trarei problemas e não inovações. Sei que o que quero fazer não é errado e peço por ajuda para realizar esse projeto. Creio que minhas idéias podem trazer mais oportunidades e gerar melhor concorrencia, mais atividades, mais alegrias, e é claro lucro, porém preciso que minhas idéias sejam realizadas.... nem tudo é festa não é?
Por isso procuro amigos, procuro alguem que possa criar, expandir... alterar, aprimorar... Mas essa busca por parcerias amigos e pessoas que possam ajudar mostra quem realmente é amigo, quem faz quando se pede algo e quem so faz se sair no lucro... Agora vejo quem está no meu lado e quem so quer vantagens... procuro novos horizontes, novos amigos...

Sinto Falta




Sinto a falta do teu riso;
Sinto falta do teu cheiro;
Sinto a falta que faz teu carinho...
Falta que faz, não te ter... Ah!




Estar sem ti me faz pensar...
Pensar em novas oportunidades
E como poderia ter sido diferente
Se você desse a mim a chance
Se eu desse a ti outra chance.




A vida segue por caminhos incertos e estou a procurar,
Procuro a segurança de estar com quem se ama;
Alguem que me ame, alguem que cuide de mim...
Será que alguém cuidará de bem tão bem quanto tu o fez...
E dará o carinho, o amor que um dia tu me deu?