domingo, abril 03, 2005
Limiar
Doce culpa carrega meu nobre coração
Desespero entre fortes laços
Vida que some, dor que dilacera
Nada impede... nada gera
A vida segue mas o curso muda
A dor que deveria se dissipar
cria ainda mais profundos sulcos
Não tenho o que quero, ninguém tem ...
Nem sei se o que desejo é de meu merecimento
Oh... nossos erros mais simples
Mero tempo que desperdicei
Como rejeitar o que me deste...
Porém, por mais que a dor siga seu curso
Não espero entregar a Ti exatamente o que recebi
Pois desse presente, quiçá... algo se salve
Talvez nessa longa jornada algo me tenha aprendido
E assim esse presente apesar de ainda me assustar, não seria em vão
E a dor de saber a verdade uma afronta, a própria existência d’alma
Pois o presente que me deste, o qual antes eu julgava grosseiro e quis por demais vezes jogar-lo fora me rendeu prazeres nunca dantes concebidos
Agora sim, sou capaz de aceitar de maneira completa o sublime dom que me entregaste, dom que me permite ser única, mudar, criar... não sou mais mero lixo imutável
Agora tenho o dom de me aperfeiçoar, aprender.
Por Patrícia Schmidt Rodrigues
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