quarta-feira, abril 13, 2005
terça-feira, abril 12, 2005
Não Sei
Claro não é
Tão pouco escuro
Talvez obscuro
Desfecho e minha alma
Destino fato
Crueldade, incredulidade
Nada faz sentido
Tempo perdido
Agonia, não entender
Certeza de viver
Pouco sei...
não estou só.
Patrícia Schmidt Rodrigues
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segunda-feira, abril 11, 2005
Outono
Procuro o que preencha
O que me preencha
E quanto mais procuro
Menos encontro
Só sombras
Imagens borradas
Preenchem o que falta
O que me faz falta
Mas não satisfaz
Devaneios são como as brumas da solidão
Tão longe de ser
Tão perto da loucura
Que mundo pode ser tão insano
Que mundo pode fazer um anjo chorar
Que, ao mundo pode viver
Ao que antes era vivo
Já passa aos tons da terra
Sei que essa tristeza logo acaba
Sei, que a primavera virá
Por Patrícia Schmidt Rodrigues
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segunda-feira, abril 04, 2005
Ismália - Aphonsus Guimaraens
Quanda Ismália enlouqueceu
Pôs-se na torre a sonhar
Viu uma lua no céu
Viu outra lua no mar
No sonho em que se perdeu
Banhou-se toda em luar
Queria subir ao céu
Queria descer ao mar
E, no desvario seu
Na torre pô-se a cantar
Estava perto do céu
Estava longe do mar
E como um anjo pendeu
As asas para voar
Queria a lua do céu
Queria a lua do mar
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par
Sua alma subiu ao céu
Seu corpo desceu ao mar
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domingo, abril 03, 2005
Sobre o mar
Começa a semana
Cansei de brincar
Cansei de mistérios
Cansei de fingir indiferença
Cansei até de me imaginar ao teu lado
Sei não é fácil deixar meu amor por ti morrer
Sei que por mais que eu tente não poderei te esquecer
Mas sei que um dia você se dará conta de que ninguém poderá lhe oferecer o que lhe entreguei;
Assim tão livremente.
Talvez não tenha sido no momento certo,
Ou você simplesmente não o mereça.
E talvez, talvez, eu aprenda a viver sem sofrer de amores por você.
Limiar
Doce culpa carrega meu nobre coração
Desespero entre fortes laços
Vida que some, dor que dilacera
Nada impede... nada gera
A vida segue mas o curso muda
A dor que deveria se dissipar
cria ainda mais profundos sulcos
Não tenho o que quero, ninguém tem ...
Nem sei se o que desejo é de meu merecimento
Oh... nossos erros mais simples
Mero tempo que desperdicei
Como rejeitar o que me deste...
Porém, por mais que a dor siga seu curso
Não espero entregar a Ti exatamente o que recebi
Pois desse presente, quiçá... algo se salve
Talvez nessa longa jornada algo me tenha aprendido
E assim esse presente apesar de ainda me assustar, não seria em vão
E a dor de saber a verdade uma afronta, a própria existência d’alma
Pois o presente que me deste, o qual antes eu julgava grosseiro e quis por demais vezes jogar-lo fora me rendeu prazeres nunca dantes concebidos
Agora sim, sou capaz de aceitar de maneira completa o sublime dom que me entregaste, dom que me permite ser única, mudar, criar... não sou mais mero lixo imutável
Agora tenho o dom de me aperfeiçoar, aprender.
Por Patrícia Schmidt Rodrigues
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