domingo, junho 19, 2005
10 coisas que eu odeio em voce
Odeio ver você chegar e iluminar meu dia
Odeio seu abraço me envolvendo em noites frias
Odeio sua voz sussurrando palavras doces em meu ouvido
Odeio olhar em seus olhos e ver em você mais que um amigo
Odeio a saudade que sinto quando você vai embora
Odeio sentir seu perfume em qualquer lugar que eu vá, a toda hora
Odeio beijar outras bocas com o pensamento em você
Odeio pensar em você o dia inteiro, dormir e sonhar com você
Odeio ver seu rosto entre a multidão e ver que na verdade
era apenas um rosto desconhecido, uma farsa
E odeio mais ainda, não conseguir te odiar,
por mais que eu tente ou por menos que você faça.
Poema do filme:
10 Things I Hate About You
domingo, junho 12, 2005
Cowboy Beebop
Não é nenhuma novidade que as animações japonesas são, há anos, uma verdadeira aula de cinema. Que o digam, por exemplo, clássicos como 'Akira' e 'O Fantasma da Máquina' (Ghost in The Shell) - filmes cujo apuro técnico e inventividade foram grandes inspiradores dos irmãos Wachowski em 'Matrix'. Não é nenhum exagero dizer que um dos melhores filmes do ano é uma animação japonesa ('A Viagem de Chihiro') e agora também dá pra dizer, com o peito aberto, que um dos filmes mais divertidos do ano é outro anime: trata-se do longa-metragem de 'Cowboy Bebop'.
Trazendo para as telonas os personagens da série animada que, aqui no Brasil, pode ser vista no canal a cabo Locomotion, a película é cheia daquele charme e carisma despretensiosos que, vejam só, fazem tanta falta aos dois últimos filmes da trilogia 'Matrix'. Passada num futuro não tão distante (2071, pra ser mais preciso), a aventura é protagonizada por um grupo eclético de mercenários, apelidados de 'cowboys'. O relutante líder da equipe, que viaja a bordo da nave 'Bebop', é Spike Spiegel, um sujeito magrelo e de cabelo esquisito que está milhas distante do conceito de herói.
Completam o time o grandalhão Jet Black, a sensual e atrapalhada Faye Valentine e a pequenina Ed, uma menina maluquinha que esconde o cérebro de uma imbatível hacker. Neste futuro meio retrô, o quarteto vive em busca da recompensa perfeita. E quando eles aportam numa certa cidade de Marte, surge a oportunidade ideal para tirar o pé da lama: o governo do planeta oferece uma recompensa milionária pela cabeça do terrorista responsável por um horrendo atentado envolvendo um aparentemente desconhecido vírus fatal. É claro que não faltam as conspirações governamentais... mas isso eu não vou contar para não estragar a surpresa.
O que torna 'Cowboy Bebop' um filme tão interessante são as referências visuais. Regado a muito jazz, o filme mistura um pouco dos filmes de faroeste com a ação frenética de John Woo e aquela breguice das séries policiais americanas da década de 70. A sequência inicial dentro de uma loja de conveniência é um show à parte e já vale a curiosidade para conferir o restante da trama.
Se a sua única referência do mundo dos animes são 'Os Cavaleiros do Zodíaco' e 'Dragon Ball Z', esta é a oportunidade perfeita para conhecer o lado mais requintado dos respeitados cineastas japoneses. Os personagens são divertidos, interessantes, tridimensionais. Não precisam usar sobretudo ou óculos escuros para parecem 'cool'. E também não precisam recorrer a diálogos pseudo-intelectuais para fazer uma reflexão filosófica. O espetáculo visual que as animações japonesas proporcionam já faz o serviço completo...
Ficha técnica
Título Original: Cowboy Bebop: Tengoku No Tobira (Japão - 2001)
Gênero: Animação
Duração: 116 minutos
Site Oficial: www.sonypictures.com/movies/cowboybebopthemovie/index.html
Direção: Shinichirô Watanabe
Música: Yôko Kanno
Desenho de Produção: Shiho Takeuchi
Direção de Arte: Atsushi Morikawa
Edição: Shuichi Kakesu
Legendas: Inglês, português e espanhol
Extras: Videoclipes, arquivo dos personagens, Galeria de Arte Conceitual e Comparações de Storyboards
Posted by Hello
Dica de filme Avalon
"Avalon" (Japão/Polônia - 2001 - 106 minutos), inédito no Brasil, é um live-action de Mamoru Oshii, criador do cult anime "Ghost in the Shell".
Ambientado no conturbado universo cyberpunk, é o primeiro trabalho do diretor com atores de carne e osso.
Adotando um estilo completamente diferente de tudo o que já se viu no cinema de ficção científica, o filme chega à altura de "Matrix" em termos de atmosfera e estilo. "É o mais bonito e artístico filme da história da sci-fi", disse o aclamado diretor James Cameron.
Num futuro não muito distante, a humanidade entra na febre de um emocionante e mortal jogo de realidade virtual chamado "Avalon", que faz com que as pessoas desapareçam dentro dele, entregando sua vida à diversão. Bem parecido com "Quake", utiliza cenários e pessoas reais. Vários grupos se reúnem para tentar ultrapassar os seus obstáculos, no intuito de chegar ao nível denominado Class Real, que é uma fase ultra-secreta jamais acessada.
Como uma droga, Avalon [nome da lendária ilha das fadas, das macieiras e das brumas] é tão realista que muita gente prefere ficar imersa no jogo a viver suas vidas reais.
Uma bela jovem chamada Ash, no meio de uma dessas incríveis partidas, é separada de seu grupo e seu melhor amigo entra em estado de coma quando tenta perseguir uma misteriosa menina, que parece ser a chave para o perigosíssimo nível secreto.
Absolutamente imperdível!
Posted by Hello
Ghost in the shell 2 Innocence
“Numa era em que as diferenças entre o homem e a máquina tornaram-se infinitamente vagas, o Homem esqueceu-se o que é ser humano.”
Nove anos depois de Mamoru Oshî ter realizado “Kôkaku kidôtai” (Ghost in the Shell), o cineasta regressa com a tão aguardada sequela. A espera valeu a pena...
Tanto as duas séries de televisão “Kokaku kidotai: Stand Alone Complex” e a "Kokaku Kidotai: Ghost in the Shell, S.A.C. 2nd Gig” de Kenji Kamiyama, assim como a manga de Masamune Shirow, seguem uma linha temporal diferente. Correndo o risco de fazer uma má avaliação, diria mesmo paralela.
Estamos em 2032, Batou (voz de Akio Ôtsuka) e o seu novo parceiro, Togusa (voz de Kôichi Yamadera), foram destacados para investigar uma série de homicídios causados por “gynoides”- andróides muito semelhantes aos humanos de características femininas concebidos para dar prazer. Com a ajuda de Kim (voz de Naoto Takenaka), um especialista em “gynoides”, as pistas acabam por os levar a uma organização terrorista, a Locus Solus, que poderá ser a responsável pelos homicídios. À medida que a investigação avança mais a fundo, Batou interroga-se cada vez mais sobre a relação e a falta dela que tinha com a sua ex colega, Major Motoko Kusanagi (voz de Atsuko Tanaka).
Numa abordagem filosófica, Oshî questiona-nos não sobre se os robôs podem sentir como os humanos. mas antes se com uma prevalência das máquinas serão os humanos mais humanos. A resposta é muito vaga. De outro modo não faria qualquer sentido. Como alguém escreveu “Este é um filme para pessoas que gostam de ler e pensar...”
Posted by Hello